Serviço Nacional de Doença
Dado que o Serviço Nacional de Saúde vem em nossa ajuda, essencialmente, quando estamos doentes seria mais apropriado designá-lo de Serviço Nacional de Doença. E, também, porque, genericamente, não promove a saúde nem evita a doença não prevenindo sistematicamente, como deveria, as causas da doença sejam elas pessoais, sociais ou ambientais.
As listas de espera crescem, os hospitais rebentam pelas costuras, o orçamento de estado para a saúde (ou doença?) dispara e temos, cada vez mais doentes. E o que é verdade para o país, é verdade para sítios como Pico aonde se passou de 3 medicos para 12 para não falar em enfermeiros e, muito menos, em técnicos/administrativos.
O consumismo de actos médicos/medicamentos continua aumentar em flecha ao mesmo tempo que proliferam os “doentes” e diminuem os “sãos” e as pessoas se queixam de falta de acesso ao sistema com os serviços de “urgência” a ficarem entupidos por casos que nada têm a ver com urgência.
Segundo estimativas do Infarmed (organismo oficial) o consumo de medicamentos vai disparar este ano para um recorde de 11% que só foi atingido em 1998 vindo a confirmar o pendor marcadamente curativo do nosso sistema que se limita a tratar - e nem sempre com a devida eficácia - a doença e a investir, muito pouco (para ser simpático), na sua prevenção.
Apesar dos milhões gastos gastos todos os anos nunca há dinheiro suficiente para tratar uma população crescentemente “doente”. O que decorre, em primeira mão, da não existência de um verdadeiro serviço nacional de saúde desenhado para se preocupar com a saúde das pessoas e do próprio planeta e baseado em conceitos holísticos e de integração e cooperação entre os vários departamentos, compartimentos, fragmentos, etc.
A saúde que é, ou deveria ser, o bem de primeira necessidade por excelência, tornou-se num vulgar bem de consumo para vender ou comprar e uma oportunidade de negócio de contornos nem sempre claros ou límpidos. A vulnerabilidade dos doentes torna-os numa presa fácil.
Muitas das nossas doenças são causadas pela nossa civilização. Cancro, obesidade, hipertensão, tromboses, doença coronária e muitas outras são causadas pela poluição dos alimentos, do ar e da água, pelo stress, pela solidão, pela destruição do espirito comunitário, etc.
A nossa saúde pessoal flui do facto que o corpo não está separado da mente: se não estivermos bem psicológicamente ou tivermos carencias afectivas ou sociais não há medicamento que nos valha. Daí que não possamos contar apenas com a medicina curativa, eminentemente técnica, para atingirmos um estado de pleno bem estar físico/psicológico/espiritual e social que é verdadeiro estado de saúde. Saúde não é a mera ausência de saúde.
Do que resulta que velar pela nossa saúde implica muito mais do que a simples prática – ainda que de boa qualidade técnica – de medicina curativa. Implica o ambiente (nossa verdadeira casa), o bem estar social, a segurança. Como a nível pessoal implica alimentação saudável, exercício físico, gratificação nos planos afectivo, social, profissional e espiritual. Como implicará, a nível médico, a integração da medicina científica com as medicinas complementares e os saberes tradicionais.
Jamais o tradicional modelo de Serviço Nacional de Doença!
P E D R O D A M A S C E N O
Dado que o Serviço Nacional de Saúde vem em nossa ajuda, essencialmente, quando estamos doentes seria mais apropriado designá-lo de Serviço Nacional de Doença. E, também, porque, genericamente, não promove a saúde nem evita a doença não prevenindo sistematicamente, como deveria, as causas da doença sejam elas pessoais, sociais ou ambientais.
As listas de espera crescem, os hospitais rebentam pelas costuras, o orçamento de estado para a saúde (ou doença?) dispara e temos, cada vez mais doentes. E o que é verdade para o país, é verdade para sítios como Pico aonde se passou de 3 medicos para 12 para não falar em enfermeiros e, muito menos, em técnicos/administrativos.
O consumismo de actos médicos/medicamentos continua aumentar em flecha ao mesmo tempo que proliferam os “doentes” e diminuem os “sãos” e as pessoas se queixam de falta de acesso ao sistema com os serviços de “urgência” a ficarem entupidos por casos que nada têm a ver com urgência.
Segundo estimativas do Infarmed (organismo oficial) o consumo de medicamentos vai disparar este ano para um recorde de 11% que só foi atingido em 1998 vindo a confirmar o pendor marcadamente curativo do nosso sistema que se limita a tratar - e nem sempre com a devida eficácia - a doença e a investir, muito pouco (para ser simpático), na sua prevenção.
Apesar dos milhões gastos gastos todos os anos nunca há dinheiro suficiente para tratar uma população crescentemente “doente”. O que decorre, em primeira mão, da não existência de um verdadeiro serviço nacional de saúde desenhado para se preocupar com a saúde das pessoas e do próprio planeta e baseado em conceitos holísticos e de integração e cooperação entre os vários departamentos, compartimentos, fragmentos, etc.
A saúde que é, ou deveria ser, o bem de primeira necessidade por excelência, tornou-se num vulgar bem de consumo para vender ou comprar e uma oportunidade de negócio de contornos nem sempre claros ou límpidos. A vulnerabilidade dos doentes torna-os numa presa fácil.
Muitas das nossas doenças são causadas pela nossa civilização. Cancro, obesidade, hipertensão, tromboses, doença coronária e muitas outras são causadas pela poluição dos alimentos, do ar e da água, pelo stress, pela solidão, pela destruição do espirito comunitário, etc.
A nossa saúde pessoal flui do facto que o corpo não está separado da mente: se não estivermos bem psicológicamente ou tivermos carencias afectivas ou sociais não há medicamento que nos valha. Daí que não possamos contar apenas com a medicina curativa, eminentemente técnica, para atingirmos um estado de pleno bem estar físico/psicológico/espiritual e social que é verdadeiro estado de saúde. Saúde não é a mera ausência de saúde.
Do que resulta que velar pela nossa saúde implica muito mais do que a simples prática – ainda que de boa qualidade técnica – de medicina curativa. Implica o ambiente (nossa verdadeira casa), o bem estar social, a segurança. Como a nível pessoal implica alimentação saudável, exercício físico, gratificação nos planos afectivo, social, profissional e espiritual. Como implicará, a nível médico, a integração da medicina científica com as medicinas complementares e os saberes tradicionais.
Jamais o tradicional modelo de Serviço Nacional de Doença!
P E D R O D A M A S C E N O
Sem comentários:
Enviar um comentário