sexta-feira, dezembro 21, 2007

De Quioto a Bali

De QUIOTO A BALI
Um caminho difícil



A Conferência sobre Alterações Climatéricas promovida pelas Nações Unidas e que teve lugar em Bali (Indonésia) entre os dias 3 e 14 deste mês foi um marco importante na caminhada que se seguiu à assinatura do Tratado de Quioto que foi ratificado em 1999 e entrou em vigor em 2005.

Tratado que não foi subscrito pelos Estados Unidos apesar de este ser o país mais poluidor do mundo! E que tem como objectivo a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa alegadamente responsável pelo aquecimento global e consequentes alterações climatéricas.

A Conferencia de Bali contou a com a presença de mais de 10.000 participantes, incluindo representantes de 180 países em conjunto com observadores de organizações inter-governamentais e não governamentais e órgãos de comunicação social.

A cimeira culminou com a adopção de uma estratégia que passa por novas negociações que deverão estar concluídas até 2009 e que levarão à celebração de um novo acordo internacional sobre as alterações climáticas a partir de 2012. E foram tomadas importantes decisões de transferência de tecnologias bem como redução de emissão por desflorestação.

Considerando todas as dificuldades que a aplicação do tratado de Quioto tem tido é muito salutar que tenha sido possível realizar uma outra cimeira com o mesmo tema e de tal gabarito. E, sobretudo, que se tenha conseguido um compromisso dos Estados Unidos para redução da emissão de gases.

Portugal que participou nas negociações terá que apostar, ainda mais, nas energias renováveis e no desenvolvimento de uma economia de recursos energéticos mais eficiente no ponto de vista familiar como admitiu o responsável nacional do Ambiente.

Ou, trocando isto por miúdos, será tarefa de todos nós participar activamente na redução da emissão de gases como forma de preservar a nossa qualidade de vida que passa, sem dúvida, por uma clima estável e pela ausência das catástrofes naturais que vêm a acontecer por todo lado.

Longe vão os tempos em que as preocupações ambientais motivavam apenas grupos de militantes verdes e hippies. O ambiente é hoje um dos pontos fundamentais da agenda política mundial e foi, mesmo, a sua defesa que levou à atribuição do Nobel da Paz a Al Gore.

A caridade deve começar por casa e, por conseguinte, é imperioso que todos nós – a um nível pessoal e familiar – assumamos a nossa parte no combate à emissão indiscriminada de gases. Que pode fazer-se das maneiras mais comezinhas e simples.

Apenas alguns exemplos: use lâmpadas de baixo consumo em vez de incandescentes, isole bem a sua casa, não deixe os aparelhos de som e vídeo em stand by, diga não aos sacos de plásticos, separa e recicle o lixo, partilhe o seu carro e use mais transportes públicos, use ao mínimo embalagens desnecessárias, não lave a loiça ou tome duche com a água sempre a correr, quando sair apague a luz, etc., etc., etc.

Por cada quilowatt-hora (kWh) que pouparmos evitaremos a emissão para atmosfera de aproximadamente um quilo de CO2. Por cada alimento exótico que não consumimos poderemos ajudar a poupar elevados custos energéticos de transporte de origens longínquas. Um cidadão médio gera cerca de nove toneladas de CO2 por ano o equivalente a nove automóveis Fiat Punto.

Vamos a isso?





P E D R O D A M A S C E N O

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