sexta-feira, dezembro 26, 2008

As dores da informação/comunicação

Agora estamos no início do furacão da revolução da informação
Comcascaetudo



As dores da informação/comunicação



De facto poderemos estar no início do furacão da informação, mas nem tanto para estes lados do mundo. Não tanto os media que esses vivem disso mas tudo que seja empresa que supostamente deve informar o publico é uma dor de alma.

Satas, Taps, Transmaçores, Edas, Postos de turismo, etc. etc…

Ou se fica tempos sem fim à espera que atendam, ou não sabem dar a informação e não fazem qualquer esforço para descobrir ou desembocamos numa fatídica mensagem gravada. E, cúmulo, às vezes não atendem de todo, horas e vezes seguidas.

Todos nós temos essa experiência desgastante, stressante e, totalmente, frustrante. O que sendo mau para todos nós é, certamente, muito pior para um turista com expectativas de informação minimamente sólidas e atempadas.

A um aumento da sofisticação das telecomunicações e da informática parece corresponder um decréscimo da qualidade e celeridade da informação. O que só explicável pela falta de treino para atendimento do público de grande parte do pessoal dessas empresas e, cumulativamente, por falta de controlo dessas empresas sobre as políticas de informação.

Para o exercício de qualquer função minimamente sofisticada é necessário ter o perfil adequado e dá impressão que as competências de comunicação com o público não são consideradas decisivas para pôr alguém nessas funções.

Percebe-se que haja muita gente que não tem perfil e, porventura, ainda menos vontade para lidar com o público, situação perfeitamente compreensível e aceitável. O que não se percebe é que esse tipo de pessoas continue a atender telefones e a “prestar” informações.

O turismo é, por excelência, uma indústria de simpatia. Simpatia que não pode restringida aos hotéis, aos restaurantes e às empresas directamente ligadas ao sector. Tem que ser transversal e estar presente no comércio local, nos transportes, nas repartições oficiais, nos hospitais e, mesmo, no público em geral.

A maneira como um povo recebe os seus turistas pode fazer a diferença no destino. Mas, pelo menos, que as pessoas ligadas ao serviços tenham uma postura adequada, mesmo que não directamente ligadas á actividade turística.

Sendo tão vultuosas as verbas dispendidas na promoção do destino Açores e nos apoios concedidos aos investidores faria todo o sentido que fossem aplicadas verbas significativas na educação para o turismo.

Educação para o turismo entendida como uma acção destinada a sensibilizar, de forma genérica, os agentes económicos (do turismo ou não), os serviços públicos e entidades prestadoras de serviços para o fenómeno do turismo enquanto actividade fortemente condicionada pela informação e pela simpatia.

Nem sempre tudo pode correr bem com os turistas. As falhas são inevitáveis. Mas o modo como essas falhas forem colmatadas e aligeiradas por uma boa comunicação/informação pode tornar o turista num nosso embaixador de excelência ou no maior detractor.

E não há nada que chegue à palavra de boca.



P E D R O D A M A S C E N O

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