sexta-feira, julho 28, 2006

Ambiente, poluição e lixo

Pequeno é maravilhoso
Schumaker


Ambiente, poluição e lixo


Depois de muita luta e persuasão começa a ser consensual a noção da importância de um ambiente de excelência para garantir a qualidade de vida do ser humano. Como espécie animal que somos temos necessidade de um habitat adequado que não se compadece com uma destruição maciça do planeta.

E preservar o ambiente não é apenas impedir o ataque feroz que empresários sem escrúpulos fazem às florestas do Amazonas – o nosso último grande pulmão verde. Nem apenas parar a destruição sistemática dos litorais, das linhas de costa e o envenenamento dos rios e lagos.

Sendo essas causas da maior importância a merecer a melhor atenção dos governos e das grandes organizações não governamentais, há um mundo de “pequenas” coisas que estão ao alcance de todos nós e, essencialmente, dependentes de atitudes individuais.

Para além do apoio político e financeiro que é possível dar a quem defende um ambiente melhor há que pensar no que fazemos no nosso dia a dia. As grandes causas podem ser ganhas por um somatório infinito de pequenos gestos.

Desde logo começando pela utilização criteriosa da água – um bem indispensável à vida e um recurso finito - que poderá pela simples gestão dos banhos domésticos ou da lavagem da louça.

Para tal bastará não deixar correr, por exemplo, o chuveiro enquanto se ensaboa o corpo ou se aplica o champô. Ou, então, não deixar a correr, ininiterruptamente, a torneira da pia enquanto se lava a louça.

Dois pequenos gestos que multiplicados por milhões podem significar a poupança de outros tantos milhões de litros de água. Uma poupança muito significativa para bem tão precioso.

Da mesma forma que utilizar, de forma sistemática e desnecessária, um veículo contribui – pela emissão de gases - para a poluição atmosférica tão responsável pelas alterações climatéricas que já não passam despercebidas a ninguém.

Mas, ainda mais básico e simples que tudo isso, é o nosso comportamento em relação ao lixo. Pequenos gestos que podem ir desde um simples atirar de uma beata ou de um invólucro de uma guloseima para o chão até ao enviar de sacos de ração e de adubo por tudo o que é lado.

Ou mesmo o patético jazer de um preservativo usado ou de uma fralda suja num qualquer miradouro turístico ilustrando a mais elementar falta de sentido cívico e de respeito pelo ambiente.

Para não falar na prática que continua a ser corrente no Pico de incendiar os pneus que se deitam foram não só criando perigo de incêndio mas poluindo de forma extremante agressiva o ar – outro bem indispensável à vida – que todos temos que respirar.

Coisas que qualquer pessoa sensata e minimamente responsável percebe que estão erradas. Mas que, contudo, continuam a ser parte do nosso quotidiano perante a passividade das autoridades responsáveis. A coima e a punição devem ser, sempre, o último argumento mas não podem deixar de existir.

Não há educação sem punição. E é, justamente, pelas pequenas coisas que se deve começar.



P E D R O D A M A S C E N O

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