sexta-feira, maio 25, 2007

T R I A N G U L O - Uma realidade incontornável

São Jorge, Pico e Faial, integram-se no Grupo Central, formando, devido à sua disposição geográfica, “as Ilhas do Triângulo”



T R I Â N G U L O
Uma realidade incontornável


Não perceber a centralidade do Triângulo com as suas duas getways, a esplendorosa diversidade de três ilhas vizinhas e uma multiplicidade de produtos turísticos que já oferece; é não ter percebido nada da geografia turística da Região.

Tentar agarrar-se a uma tri-polaridade defunta – mas, infelizmente, ainda não enterrada – é não se ter conformado com o novo ordenamento jurídico e político trazido pela Autonomia e persistir em manter privilégios indevidos.

O Triângulo é, hoje, um sub-destino turístico açoriano em visível crescimento/afirmação e um objectivo estratégico essencial para o desenvolvimento do conjunto de ilhas que o integram.

É indispensável que haja, agora, por parte do Governo, deputados e autarquias desta área e do sector empresarial das três ilhas uma união de esforços que venha dotar este arquipélago-dentro-do-arquipélago dos necessários meios humanos, financeiros e técnicos.

Saúda-se, por isso, a iniciativa da Associação de Município do Triângulo e da Adeliaçor de ter encomendado um Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo no Triângulo cuja apresentação pública se aguarda com elevada expectativa.

É fundamental encontrar uma actividade económica complementar à agricultura e às pescas, capaz de captar população e investimento e de lançar toda esta zona num novo ciclo de desenvolvimento.

Objectivo que só será conseguido mediante a conceitualização de um Modelo Turístico e a definição de uma estratégia para o Triângulo que visem assegurar o seu posicionamento como destino turístico.

Sem desvalorizar a divulgação institucional dos Açores que tem sido uma aposta inequívoca do Governo Regional importa, agora, criar a marca Triângulo com uma imagem forte que passe a beneficiar, ainda mais, dessa divulgação.

Com uma população que ronda os 39.510 habitantes e uma área de cerca 861,7 km2 o Triângulo tem condições para corporizar uma aposta num turismo não massificado que passa por uma baixa densidade de construção e por um enquadramento ambiental de nível superior.

Essa será mesmo uma das mais hábeis e criativas formas de contrariar as graves assimetrias que se sentem na Região promovendo a descompressão dos centros urbanos e evitando erros – hoje perfeitamente claros – cometidos noutras áreas do país e do estrangeiro.

Os Açores – mesmo que se quisesse – não têm condições objectivas para um turismo de massas que requer como produto de base o sol/praia que não temos. Assim sendo só fará sentido investir um turismo assente em segmentações que visem nichos de mercado bem definidos.

Sendo a Natureza o nosso produto nuclear toda a estratégia para o Triângulo terá que assentar na definição de nichos de mercados com ele fortemente relacionados. Devendo dessa estratégia nascer uma política de rigor na provação de projectos na área do turismo, quer a nível do governo quer a nível das autarquias.

Que permita garantir qualidade à marca Triângulo. Qualidade que tem a ver com bons projectos mas, também e muito (recorde-se), com serviço e excelências ambiental e paisagística

O Triângulo é, hoje, nos Açores uma realidade incontornável.


P E D R O D A M A S C E N O

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