F
A C E O C U L T A
Vai tudo correr
bem
Perante
as maratonas de notícias negativas, de manhã à noite, imprescindível se torna
acreditar que nem tudo vai mal e que todos os sacrifícios/dificuldades não vão
ser em vão.
Mas para
isso é preciso adoptar um atitude fortemente positiva que não pode ficar apenas
por pensamentos filosóficos mais ou menos optimistas/irrealistas mas que se vá
reflectir num empenho redobrado no nosso dia-a-dia.
Não há
outro caminho.
Cada um,
no seu posto de trabalho ou actividade,
tem de assumir uma luta pela excelência não alegando as dificuldades
como desculpa para baixar os braços. Seja no sector publico ou no sector
privado, o barco é o mesmo.
Basta de
falar apenas mal da política e dos políticos e começar a assumir
progressivamente, ao nível pessoal, uma atitude de intervenção cívica e de luta
perante a corrupção, o desleixo e a incompetência.
O nosso
destino está nas nas nossas mãos e não vale a pena procurar bodes expiatórios
em tudo o que mexe. Havendo certamente culpados e muitos no que se está a
passar tudo deslizou perante a nossa indiferença/laxismo.
Seja ao
nível do exercício do direito de voto – a abstenção é galopante – seja ao nível
da pequena prepotência/incompetência/abuso de poder. O todo é o somatório das
partes.
Roosevelt
dizia e bem que o que temos a fazer é fazer o melhor que podemos, aonde estamos
e com os recursos que temos. O que soando a
banalidade é, realmente, uma grande verdade.
Não vai
haver primeiro-ministro, ministro ou partido que nos valha enquanto estivermos
à espera que sejam sempre terceiros a tirar-nos as castanhas do lume. E muito
menos a dita comunidade europeia como está visto e revisto.
A única
forma adequada de reagir é dar uma corrida para a frente e começar a deixar o
sofá, as telenovelas e as conversas de xaxa
nos cafés. Voltando a assumir o espírito de luta e de sobrevivência.
Temos
que voltar a participar nos partidos, nas associações (cívicas, empresariais,
sindicais, culturais, desportivas, etc) e assegurar que as mais diversas
assembleias gerais não se continuem a fazer com meia dúzia de gatos pingados.
Temos que abandonar o casulo individual e
assumir as nossas responsabilidades comunitárias fomentando e apoiando
iniciativas de carácter comum que visem resolver os nosso problemas não
deixando as decisões sempre nas mesmas mãos.
Para
além da excelência do nosso trabalho teremos que assegurar que o mesmo se passe
ao nível das empresas e da administração pública. Sendo necessário reivindicar,
responsabilizar, denunciar (olhos nos olhos) mas também participar, ajudar e
recompensar.
Em
democracia não pode haver lugar para medos a represálias ou intimidações. Em
tempo de guerra não se limpam armas e os nossos brandos (fracos) costumes terão
que dar lugar a rigor, competência e isenção.
Na
Islândia aconteceu isso mesmo e a volta
começou a ser dada em tempo recorde. E
lá e como cá as pessoas são feitas da
mesma massa. Falta apenas arregaçar as mangas e perder a barriga.
Vai tudo
correr bem, se assim for.
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